Parkour em videogames: como os jogos representam a arte do movimento

Dos telhados de Jerusalém às cidades futuristas, veja como a prática se tornou parte essencial de alguns dos jogos mais memoráveis da história.


O parkour — disciplina física que combina fluidez, criatividade e superação de obstáculos — encontrou nos videogames um território fértil para se reinventar. Desde o surgimento de animações realistas em jogos 2D até experiências imersivas em primeira pessoa, o parkour virou linguagem visual e mecânica essencial para muitos títulos.

Neste post, vamos explorar como os games vêm representando (e adaptando) a arte do movimento ao longo das gerações.

O primeiro salto: Prince of Persia (1989)

Muito antes dos jogos com ambientes 3D e movimentos parkour estilizados, Prince of Persia (Brøderbund, 1989) se destacou ao trazer uma animação realista e fluida, que mudaria a forma como o movimento humano era representado nos jogos.

O criador do jogo, Jordan Mechner, usou uma técnica chamada rotoscopia, onde gravou seu irmão executando movimentos físicos como corridas, pulos e escaladas. Essas gravações foram usadas como base para animar o personagem principal quadro a quadro. O resultado foi um game que, mesmo com limitações técnicas, transmitia um senso de realismo e fluidez sem precedentes — antecipando princípios que mais tarde se associariam ao parkour nos videogames.

Veja o vídeo original das gravações:

Do 2D ao 3D: quando o parkour virou mecânica central

Com a evolução dos gráficos e do design de níveis em 3D, o parkour deixou de ser apenas uma estética e passou a ser uma mecânica central de gameplay. Veja alguns dos principais marcos:

Assassin’s Creed (2007)

A série da Ubisoft colocou o parkour no centro da jogabilidade. Correr por telhados, escalar paredes e navegar cidades históricas com fluidez é a alma da franquia. Os movimentos são estilizados, mas claramente baseados em técnicas reais.

Assista a evolução do parkour em Assassin’s Creed:

Mirror’s Edge (2008)

Inspirado diretamente pela prática real do parkour, esse jogo inovou ao trazer uma perspectiva em primeira pessoa, valorizando a experiência do movimento. Sem foco em combate armado, o jogo reforça a ideia do deslocamento eficiente como resistência.

Mirror’s Edge traz parkour ao seu console:

Dying Light (2015), Titanfall 2 (2016), Uncharted e outros

O parkour se espalhou para vários gêneros. De jogos de sobrevivência a shooters e aventuras cinematográficas, o movimento livre virou sinônimo de dinamismo, liberdade e controle do espaço.

A evolução do parkour nos games:

Parkour como expressão e liberdade nos jogos

Mais do que uma mecânica de pular entre prédios, o parkour nos games representa algo maior: liberdade de explorar, de traçar seu próprio caminho e de reagir ao mundo com criatividade. Essa filosofia combina com o que vemos na prática real — e ajuda a explicar por que ela ganhou tanto espaço nas telas.

Conclusão

A presença do parkour nos games não é coincidência: é uma evolução natural do desejo de se mover com liberdade e propósito em mundos virtuais. Dos primeiros saltos em Prince of Persia até experiências cinéticas como Mirror’s Edge, o parkour se tornou símbolo de fluidez, estilo e resistência. E se depender dos criadores de jogos — e dos jogadores — essa arte do movimento vai continuar evoluindo nos pixels e nos telhados do futuro.

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